domingo, 28 de dezembro de 2008

Perspectivas do mercado segurador para 2009

Uma das questões mais relevantes do mercado segurador, neste ano que se inicia, será o market share das principais companhias de seguros.
O estreitamento da concorrência entre não mais que dez grupos desencadeiará uma feroz busca por participação de mercado, que se dará de forma tradicional, por fusões, aquisições e de forma mais moderada, por busca de novos mercados e canais alternativos. Competição não é a virtude deste mercado oligopolizado.
A não tão surpreendente saída de milhares de corretores do mercado de seguros, identificada no recadastramento obrigatório, vai propiciar um melhor mapeamento e interação da índústria de seguros com a distribuição. O grande problema é a concentração das operações por escala, fomentada de forma perversa pelas seguradoras e que inviabiliza a maioria destes profissionais, representando um grande problema de longo prazo, uma vez que o desistímulo financeiro e operacional tende a cada vez mais reduzir este canal de distribuição, consequentemente a capilarização.
Na ponta do consumo, os clientes podem esperar um aumento substancial nas cotações de seus seguros, tanto pelo aumento da sinistralidade, como pela perda de eficiência do setor, aliado ao fato que a situação de crise mundial, que o país deve sentir com mais clareza já nos primeiros dias do ano, deve afetar a disposição de investimento no setor, que acompanha o desempenho econômico, portanto, esperando-se um decréscimo nas operações de modo geral e desistimulando investimentos estruturais. Demissões na indústria de seguros serão inevitáveis.
Com crescimento nos últimos anos bem acima dos outros segmentos, o mercado de seguros sentirá uma forte retração ao longo dos próximos dois anos e demandará uma regulação mais eficiente nas relações de consumo, tanto na precificação quanto no atendimento, que vem deixando a desejar, dado o alto número de ações na justiça e demandas nos órgãos de consumo.
Um ano que vai requerer reestruturação, reposicionamento e muito trabalho para os profissionais das seguradoras e corretores de seguros que no mercado permanecerem.
Luis Stefano Grigolin

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Comunicação e expressão de corretores de seguros

O ato de pensar é tão natural, que raramente paramos para refletir sobre ele. Com a rapidez da vida moderna, nos atemos aos fatos fundamentais e selecionamos muito mal as informações necessárias ao nosso desenvolvimento. Além da média muito baixa de escolaridade, na nossa categoria , as pressões externas sobre a profissão e a necessidade de sobrevivência do dia a dia, vem criando um círculo vicioso fatal, para a maioria esmagadora dos profissionais corretores de seguros.

A falta de aprimoramento pessoal e profissional é o cerne da questão.

O grau de estudos de matérias gerais e específicas do segmento neste ambiente, não permite o desenvolvimento completo de aptidões cognitivas. A análise crítica de um produto ou mercado requer tanto raciocínio lógico quanto um teorema em geometria.

O motivo da dispersão da grande maioria dos profissionais está diretamente relacionada ao fato de não bastar levarmos aos colegas definições e explicações. Tento na medida do possível levar problemas a serem resolvidos para despertar os provocadores cerebrais ( brain-teasers ). É mais fácil aprender idéias com problemas do que lendo dicas uteis do tipo faça isso ou faça aquilo.

A resolução de problemas impõe ao corretor de seguros que o problema também pertence a ele e essa dimensão de conhecimento é extremamente importante e não é casual como supõem alguns colegas. Por isso alguns são levados a dizer que há muita discussão e pouca ação. Quer afirmação mais desprovida de reflexão? Se fose assim as ações empreendidas nos últimos quinze anos deveriam necessariamente ter conduzido a categoria à gloria e ao sucesso, o que não se observa.

A organização de um plano para a categoria passa necessariamente pelo aprendizado da resolução de problemas, da discussão, da colocação das idéias e da estimulação do raciocínio lógico do maior número possível de participantes. A disposição de informação organizada e pré selecionada de forma rápida e acessível faz parte deste contexto. Além dos dados reais de mercado, levamos à observação dos colegas a possibilidade do raciocínio dedutivo e indutivo. Dedutivo quando indiretamente levamos todos os fatos capazes de serem percebidos claramente. Indutivo quando iluminamos o padrão de certas condutas inadequadas no mercado, que fazem por si encontrarem aquilo que está interferindo negativamente no processo analisado.

As metas e as operações vem sendo colocadas paulatinamente para que se consolidem de forma cristalina nas mentes dos corretores. As deturpações mentais oriundas das interferências incorretas ou posições antagônicas que se possa ter, são parte de um processo de evolução cognitiva de um grupo em maturação.

A reação em cadeia, de magnitude incontrolável, se dá quando da plena conscientização da maioria do grupo, que vai fechando questão e induzindo aqueles com mais dificuldades em ver a questão de forma resolutiva.

A trasnformação do modo de pensar dos corretores de seguros nos últimos anos , nada tem a ver com geração espontânea e sim com muito trabalho e organização, que as vezes não é observada nem por pessoas de bom nível cultural, que carecem também de cognição assertiva.

Traduzindo isso para bom português, apesar de toda a dificuldade imposta por meia dúzia de pseudos líderes, que acham erroneamente terem as soluções mágicas, mas que na realidade desconhecem 100% do que estou me referindo, estamos no rumo, com consistência.

A categoria dos corretores de seguros vai sobreviver às tempestades. Esteja entre os sobreviventes. Conheça os problemas, as discussões e as suas capacidades cognitivas. Aquelas que lhe proporcionam a visão além do alcance. Escolha melhor os seus parceiros e amigos. Talvez essa influência esteja diretamente relacionada com a sua sobrevivência. Porque muita gente vem ficando pelo caminho!
Incompetência e desconhecimento são viroses, que se pega na convivência e pode ser fatal.
A distância entre “estar lá e ser” só se mede em anos luz. Muito cuidado com títulos, pois eles são extremamente negociáveis e o poder, altamente perigoso nas mãos de inábeis.

Luis Stefano Grigolin

INTERACTIVE PRESS

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