Seguro garantia cresce com grandes obras de infraestrutura
As 22 seguradoras e 18 resseguradoras que atuam no setor têm
condições de assegurar a realização das obras para a Copa e Olimpíada
condições de assegurar a realização das obras para a Copa e Olimpíada
“As seguradoras brasileiras têm condições de garantir a realização de todas as grandes obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016”. É o que afirmou Edson Toguchi, superintendente de Produtos Financeiros e Responsabilidades da Allianz Seguros, durante o 5º Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, organizado no dia 22 de junho pela Allianz Seguros no hotel Intercontinental, em São Paulo, SP, com a presença de quase 60 profissionais da imprensa de todo o País.
Segundo Toguchi, as 22 seguradoras e 18 resseguradoras que atuam no setor devem registrar um recorde no total de prêmios pagos em seguro garantia. A expectativa é que o mercado fature até R$ 900 milhões. No ano passado, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), as receitas foram de R$ 696 milhões.
Destinado aos órgãos públicos e às empresas privadas, sobretudo da construção civil, o seguro garantia tem como objetivo assegurar o cumprimento das obrigações contratuais estipuladas em um contrato, licitação ou concessão pública. Em licitações, é usado para garantir que a empresa vencedora da concorrência assine o contrato de execução ou de fornecimento previsto no edital ou convite.
Na opinião de Tânia Amaral, superintendente de Riscos Financeiros da Munich Re do Brasil e debatedora do Fórum, o seguro garantia ainda tem muito terreno para crescer no País. No Brasil, ele representa 0,03% do PIB. Em outros países da América Latina esse percentual é maior: o México é de 0,04% e no Panamá é de 0,28% “Alguns segmentos da economia ainda não conhecem bem esse mecanismo”, diz Tânia. “A principal função do seguro garantia é pré-qualificar uma empresa para participar de um projeto. Quando ela consegue o seguro para apresentar ao contratante já é um excelente sinal.”
Tânia disse, ainda, que um motivo de preocupações para o setor é a excessiva concentração de riscos em poucas empresas. “Hoje, todos os grandes projetos estão na mão de cinco construtoras, o que aumenta muito o risco”, diz ela. “Hoje, das 20 maiores exposições da Munich re no mundo, metade é de empresas brasileiras.
Já Toguchi destacou que o Brasil vive um dos melhores momentos econômicos de sua história, com elevados investimentos em infraestrutura, sobretudo graças ao PAC, aos grandes projetos de energia limpa, a construção civil e – agora – aos dois maiores eventos esportivos do mundo que acontecerão por aqui. “Já estamos negociando o seguro garantia para a reforma de estádios, ampliação e construção de aeroportos e projetos de transportes”, afirmou Toguchi. Segundo ele, também que a Allianz vem registrando crescimento acima da média. No ano passado, enquanto o mercado cresceu 40%, a seguradora obteve um aumento de 73%.
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